18 dezembro 2007

Teatro - O balanço do ano 2007 pela Associação Mindelact

"Contos em Viagem - Cabo Verde" - Teatro Meridional (Portugal)
Foto: César Scohfield

Pelo quinto ano consecutivo, o site mindelact revolve as suas memórias e faz as escolhas do ano, fazendo uma análise do que de mais importante se passou no domínio do teatro em Cabo Verde. Como também tem acontecido nesta década, o teatro não parou praticamente durante todo o ano, sendo que a cidade do Mindelo continua a mostrar-se como centro nevrálgico do teatro crioulo, apesar de continuar a fazer-se teatro um pouco por todas as ilhas do arquipélago, apesar das imensas dificuldades que são o pão nosso cada dia dos agentes teatrais, esses sim, uns autênticos heróis. Por continuarem a lutar, a insistir, a acreditar e, sobretudo, a sonhar.

::: Acontecimento Teatral do Ano I :::
O acontecimento teatral do ano foi, sem dúvida nenhuma, a 13ª edição do Festival Internacional de Teatro do Mindelo - Mindelact 2007, que decorreu entre 08 a 23 de Setembro. Foi um evento de enorme envergadura, não só pela sua extensão - com 16 dias consecutivos com muito teatro - mas também pela qualidade e diversidade da sua programação. Mais de 30 espectáculos, apresentados por 20 companhias, oriundas de 10 países diferentes, sendo que pela primeira vez tivemos espectáculos de companhias da Argentina, Colômbia ou Marrocos. Uma edição marcada ainda pela internacionalização do Festival Off e pela quantidade significativa de acções de formação promovidas. O Festival Mindelact afirmou-se, mais uma vez, como o principal acontecimento teatral da chamada «África lusófona», sendo hoje um dos maiores eventos africanos de artes cénicas. O acontecimento do ano de 2007.


::: Acontecimento Teatral do Ano II :::
A Associação Artística e Cultural Mindelact foi distinguida com o Prémio Internacional Arco Europa, para a Qualidade e Excelência, na categoria Ouro. Trata-se de um prémio atribuído anualmente pela BID (Business Initiative Directions) em reconhecimento a empresas ou organizações em diferentes países de todo o mundo, que fomentam a cultura da qualidade. Depois de ver o seu festival internacional reconhecido com um dos mais importantes festivais de teatro do continente africano, este prémio é mais uma prova do prestígio que o teatro cabo-verdiano em geral vem granjeando no panorama internacional. O prémio foi tornado público pela instituição promotora no mês de Fevereiro e deixou todos os agentes teatrais cabo-verdianos orgulhosos. A entrega do Prémio aconteceu em Frankfurt – Alemanha – no dia 19 de Fevereiro, por altura da XXXIII Convenção Internacional ARCO EUROPA.


::: Espectáculo Teatral do Ano :::
Escolhemos como espectáculo do ano a peça "Contos em Viagem - Cabo Verde", uma produção da companhia portuguesa Teatro Meridional, e que, além de ser uma peça sobre Cabo Verde, estreou mundialmente em solo mindelense. O espectáculo, de uma beleza poética, plástica e criativa a todos os títulos notável, marcou a edição deste ano do Mindelact, deixando o público com o coração nas mãos, e que retribuiu essa inesquecível performance com um aplauso final nunca antes visto no nosso país. Os autores escolhidos incluem António Aurélio Gonçalves, Baltasar Lopes da Silva, Germano Almeida, Fátima Bettencourt, Ovídio Martins, entre outros. As palavras integram uma narrativa feita de fragmentos, por onde passam episódios, evocações e memórias, num trabalho de selecção e dramaturgia feito por Natália Luísa. A encenação é do incontornável Miguel Seabra, e a interpretação - a todos os títulos magnífica - esteve a cargo da actriz luso-caboverdiana Carla Galvão e do músico Fernando Mota. Agraciado com o Prémio Copacabana 2007 pela Associação Mindelact, o Teatro Meridional continua a mostrar porque é um dos grupos mais importantes do teatro português. João Carneiro, o crítico mais importante da actualidade em Portugal, considera esta peça «um objecto artístico exemplar». O espectáculo do ano 2007.


::: Outros destaques do Ano :::
O «Março - Mês do Teatro», na ilha de S. Vicente, foi outro dos destaques do ano, dado o enorme sucesso de público que representou, com todos os espectáculos esgotados, tendo inclusive a peça «Mulheres na Lajinha», tido a necessidade de uma representação extra, que esgotou rapidamente. Durante todo o mês o público da cidade do Porto Grande mostrou, uma vez mais, o quanto gosta de teatro, respondendo massivamente às propostas dos diferentes grupos da ilha. O Prémio de Mérito Teatral 2007, foi atribuído ao técnico de iluminação César Fortes, director técnico do festival Mindelact e o mais destacado técnico da área, sendo actualmente o técnico «de serviço» da grande diva Cesária Évora. Destacamos ainda a presença do teatro cabo-verdiano na 5ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura, na cidade do Rio de Janeiro, naquele que é o maior festival cultural estudantil da América Latina. Com o tema central «Brasil - África: um Rio chamado Atlântico», esta Bienal organiza uma Mostra Convidada, com vários artistas africanos e brasileiros para abrilhantar este gigantesco evento cultural. As boas referências da produção teatral «Mar Alto», do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português - IC, terão sido decisivas para o convite, que em muito honrou o teatro das ilhas. O Festival da Juventude, realizado no mês de Julho, contou com uma forte componente teatral, com apresentação de espectáculos das companhias Solaris, Teatrakácia e Sarron.com de S. Vicente. Outro destaque vai para a adaptação de uma peça de Mário Lúcio Sousa, «Sozinha no Palco», por um grupo português, Cair-te Teatro Reactor, e que marca o início da internacionalização da dramaturgia cabo-verdiana. De realçar, neste balanço, a nova produção da Burbur, que no trabalho cénico «O Amoroso», contou com a participação de Francisco Fragoso, encenando uma das três componentes do espectáculo. E por falar em regressos, uma das peças mais emblemáticas do teatro cabo-verdiano do pós-independência, voltou aos palcos, 10 anos depois: com efeito, foi este o ano que voltou a trazer aos palcos a peça «A Casa de nha Bernarda», uma adaptação crioula do original de Garcia Lorca, apresentada pelo Grupo de Teatro do Centro Cultural Português - IC, e encenada por João Branco. Finalmente, destacamos a vasta actividade de dois grupos, que tem viajado um pouco várias ilhas de Cabo Verde, mostrando as suas produções: o Teatro Infantil do Mindelo, com as suas peças de índole pedagógica, e o Grupo Juventude em Marcha, do Porto Novo, que continua a arrastar multidões, por onde quer que passe.

16 dezembro 2007

Novo CD de Mário Lúcio é apresentado no CCM no próximo dia 20

Mário Lúcio Sousa prepara-se agora para lançar o seu terceiro álbum a solo na era pós Simentera.

De título Badyu é mais um trabalho de pesquisa histórica e de sonoridades. O título é escolhido com uma base histórica, uma vez que, segundo Lúcio, o badio é o nosso antepassado mais longínquo, que veio de África e implantou-se nestas terras, não regressando mais. Mário Lúcio, que há oito anos vive exclusivamente da música, estará com os pés na estrada para a Europa, onde efectuará contactos com os media uma vez que o disco estará no velho continente a partir de Março, e para concertos na Alemanha e em Paris.

Badyu dá-se a conhecer no Mindelo em concerto de lançamento no dia 20 de Dezembro às 21h30 no Centro Cultural do Mindelo.

Se quer saber mais sobre o disco, leia no A Semana Online uma grande entrevista conduzida elo jornalista José Vicente Lopes.

Cantar 2007 apelando à solidariedade

No próximo Sábado, realiza-se no Mindelo aquilo que será o Segundo Encontro de Grupos Corais que actuam em instituições religiosas, e não só. Trata-se de uma acção sem fins lucrativos apelando à solidariedade dos residentes para angariar, na quadra natalícia, meios de apoio que serão oferecidos aos menos favorecidos da Ilha de São Vicente.
Para o sucesso do evento, as pessoas que acharem por bem aderir à campanha de angariação, para assistir ao espectáculo, devem fazer-se acompanhar de artigos que possam prescindir como peças de vestuário ou outros, os quais devem ser entregues aos organizadores no local do espectáculo. Cantar Natal 2007 acontece no Auditório do Centro Cultural do Mindelo no dia 22, Sábado a partir das 20h30.
Não falte. Apoie e participe, mobilizando seus amigos também!

EUA: Descendente cabo-verdiano Len Cabral no Winter Tales 2

O contador de estórias de origem cabo-verdiana, Len Cabral, participa este domingo, 16, no evento “Winter Tales” (Contos de Inverno), no Botanical Center, sito no Roger Williams Park, em Providence, Rhode Island. Esta é a penúltima performance de Len Cabral em 2007.

O último show de Len Cabral será no dia 18, na Escola de Walpole, em Massachussetts, pondo assim fim a um ano cheio de convites para participar em eventos de contos de estórias tradicionais que o levaram aos quatro cantos dos Estados Unidos da América.

Len Cabral é um aclamado e premiado contador e autor de estórias, que, desde 1976, vem encantando audiências em escolas, livrarias, museus e festivais nos EUA e Canadá com o seu estilo único e pessoal.

Paralelamente às suas performances, ele ministra workshops para professores e estudantes usando mímica, poesia, canções, humor e caracterização.
in: asemana online

12 dezembro 2007

A propósito de "By TC"

Seja dos primeiros a ouvir 3 novas músicas do album "By TC". As músicas estão disponíveis somente no site www.by-tc.com
Aproveite e tenha acesso às novidades, à agenda de espectaculos e a tudo o que envolve o album "By TC". O CD já está à venda nas lojas de música desde 10 de Dezembro. "
"BY TC" CONTA COM AS PARTICIPAÇOES DE NICHOLS, JEAN MICHEL ROTIN, HEAVY H, DON KIKAS, DABS, MOBASS, ENTRE OUTROS!!!

11 dezembro 2007

Juventude em Marcha estreia «Jazigos de Boca de Pistola»

Há já muito tempo que se aguardava uma nova peça do popular grupo teatral Juventude em Marcha, do Porto Novo. Chega no final deste ano o que muitos aguardavam: a estreia da peça «Jazigos de Boca de Pistola», uma homenagem do grupo de Jorge Martins e César Lélis aos pescadores da vila de Ponta do Sol. Depois de apresentações bem sucedidas em Porto Novo (Santo Antão) e Espargos (Sal), o resultado desta nova peça poderá ser apreciada no palco do Centro Cultural do Mindelo, nos dias 27, 28 e 29 de Dezembro.

Os pescadores da vila de Ponta do Sol, Santo Antão, são homenageados pelo grupo teatral Juventude em Marcha na sua mais recente peça «Jazigos de Boca de Pistola». É uma tragicomédia que, em suma, retrata o jeito único como o santantonense e o cabo-verdiano em geral tentam enfrentar os seus problemas.

De acordo com Jorge Martins, «Jazigos de Boca de Pistola» leva ao palco «a vida de dificuldades e desafios dos pescadores de Ponta do Sol. A certeza da partida para a faina, a incerteza do regresso devido ao mar revolto de Boca de Pistola, sobretudo no Inverno, os parcos meios».

Em palco estão, durante cerca de duas horas, 16 actores, inclusive crianças que, segundo Martins, «prestam homenagem a esses corajosos homens do mar que, mesmo diante da natureza adversa, saem em busca do sustento para a família». Um trabalho que exigiu ao Juventude em Marcha meses de pesquisa para cumprir uma antiga promessa.

«Quando mais novo, prometi a mim mesmo que um dia homenagearia os pescadores de Ponta do Sol. Por isso, assim que surgiu a oportunidade, junto com outros elementos do Juventude em Marcha, pesquisei a história dos pescadores de Ponta do Sol, falei com eles e recorri também à minha vivência nessa região de Santo Antão», conta Jorge Martins.

O resultado pode ser visto em três espectáculos em S. Vicente, nos dias 27, 28 e 29 de Dezembro, às 21:30 horas, no Centro Cultural do Mindelo, depois de, no transacto mês de Novembro, o público de Espargos (Sal) e Porto Novo (Santo Antão) o terem visto e aprovado.
TSF
in: A Semana

Burbur apresenta «O Amoroso» com participação de Francisco Fragoso

A Associação Burbur, acaba de apresentar em Portugal, mais concretamente na cidade do Porto, a sua última produção teatral, «O Amoroso», um espectáculo estruturado em três segmentos, respeitando a escolha dos textos uma temática amorosa, a partir de textos de três autores de outras tantas literaturas lusófonas, tendo convidado para o efeito três encenadores diferentes para a montagem deste espectáculo. Um destes textos, «De Quem São os Teus Olhos?», da autoria de Gabriel Mariano, teve a encenação de Francisco Fragoso, figura emblemática do teatro cabo-verdiano do pós-independência.


«O Amoroso» - Descrição sumária do projecto

A BURBUR convida três encenadores a abordar cenicamente três pequenos textos retirados de outras tantas literaturas lusófonas, agregados numa temática comum — a do estado amoroso — e propõe uma abordagem metodológica — de criação e produção— inovadora na optimização de recursos técnicos e artísticos, maximizando processos de produção e comunicação.

O carácter lusófono deste projecto constitui o seu princípio genérico e gregário de membros e colaboradores de origem ou ascendência diversa, desde Cabo Verde a Angola, Brasil e Portugal, dispersos entre autores, intérpretes, técnicos e produtores, revertendo este para o diálogo cultural e enriquecimento literário e conceptual da peça de teatro.

Fundamentalmente, a BURBUR propõe-se criar um projecto teatral (e em fase posterior, audiovisual) que promova a divulgação literária e a formação teatral, pela visibilidade de processos experimentais e linguísticos concretizados numa peça com textos de pequeno formato, que é posteriormente filmada e transmitida, valorizando a interculturalidade processual e revelando autores, técnicos e artistas da lusofonia.


Ficha Técnica e Artística

Direcção Teatral
KWAME KONDÉ, encenador
ROGÉRIO DE CARVALHO, encenador
RUI DUARTE, encenador, coordenador geral

Realização
VÍTOR ALMEIDA

Direcção de Luz
CÉSAR FORTES

Elenco
ODETE MÔSSO, actriz
FLÁVIO HAMILTON, actor
WAGNER BORGES, actor
ADORADO MARA, actor
MARTA GORGULHO, actriz
PEDRO CARVALHO, actor
ROSA QUIROGA, actriz
BILAN, actor e director musical
DAVID ESTEVÃO, músico
MÁRCIO SILVA, músico

RUI DUARTE, cenografia e adereços
VASCO GOMES, técnico de som
LICIA CUNHA, figurinos e maquilhagem
VÍTOR ALMEIDA, edição e realização
PEDRO COSTA, operador de camera
PEDRO LINO, operador de camera
VALTER MAIOR, assistente de produção
PATRÍCIA VIANA ALMEIDA, assistente de produção
ANA LUANDINA, fotografia de cena
RUI DUARTE, design gráfico

A BURBUR conta com a parceria em forma de divulgação das seguintes entidades:

ACIDI - Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, IP
RTP - RádioTelevisão de Portugal

APOIOS LOGÍSTICOS E DE PRODUÇÃO
Museu Nacional Soares dos Reis : cedência de Auditório para estreia e apresentação da peça
ACE - Academia Contemporânea do Espectáculo

Teatro Art’Imagem : apoio na montagem de palco e luminotecnia;
Confecções GILIANA, S.A.

APOIO FINANCEIRO
Instituto das Artes, Ministério da Cultura : subsídio financeiro em forma de apoio pontual
Fundação Portugal-África : apoio financeiro

Assembleia Geral Ordinária da Associação Mindelact - Ordem de Trabalhos

No cumprimento do disposto nos artigos 15º e 16º dos Estatutos da Associação Artística e Cultural Mindelact, vem a Mesa da Assembleia Geral por este meio convocar todos os sócios da Associação, para a Assembleia Geral Ordinária a ter lugar no próximo dia 15 de Dezembro de 2007, pelas 16:30 horas, na Assembleia Municipal da Câmara Municipal de S. Vicente (ex- Liceu Camões).

Lembramos que, na sequência do estipulado no artigo 18º, alínea 2ª, dos mesmos estatutos, a Assembleia Geral não tendo o quórum suficiente para a realização da reunião, se realizará, 30 minutos após a hora marcada, com o número de sócios que estiverem presentes.

Contamos com a presença de todos.


Ordem de Trabalhos
1. Abertura da Assembleia Geral
2. Apresentação das Contas referentes ao exercício de 2006
3. Balanço das Actividades de 2007
4. Diversos

Mindelo, 01 de Dezembro de 2007

Mirtó Verissimo
Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Elisabete Gonçalves expõe no CCM

São vários anos de trabalho em prol do teatro nacional. Elisabete (Bety) Gonçalves traz agora a conhecimento do público o seu trabalho que já passou pelos palcos nacionais através de peças como “Tertúlia”, “Quêl Menina Vaidosa”, “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, e muitos outros mais. Trata-se de uma exposição de marionetas e máscaras que já arrancaram o sorriso e a admiração de vários espectadores e admiradores do trabalho teatral mindelense. Para conferir na Sala de Exposições do Instituto Camões/Centro Cultural Português no Centro Cultural do Mindelo, a partir de 17 de Dezembro.

Invasão do Lixo vai ao Sal

O Grupo de Teatro infantil do Mindelo – TIM não pára. Dessa vez foi convidado pela Enapor para apresentar a sua mais famosa peça ecológica na Ilha do Sal de 21 a 23 de Dezembro. Segundo elementos dessa troupe, "A Invasão do Lixo" será apresentada em espaços variados com a finalidade de transmitir a sua importante mensagem. Força, colegas!

Exposição de Artesanato no CCM


A beleza saída de mãos femininas está exposta na Sala Júlio Rezende do Centro Cultural do Mindelo até amanhã, 12 de Dezembro. São várias peças de artesanato, incluindo rendas e bordados, pintura, tapeçaria, tecelagem, bijutaria, panaria, enfim um variado leque de opções para ver, apreciar e comprar nesta época natalícia. Na exposição estão representados nomes como Joana d’Interart, Bela, Polibel, Gisela, e muitas mais. Uma forma de mostrar como aproveitar matéria prima de todo o tipo para fazer arte.

06 dezembro 2007

Vasco Martins actua amanhã no CCM

A Harmonia e Vasco Martins dão mãos e apresentam amanhã, 7 de Dezembro, às 19h00, no pátio do Centro Cultural do Mindelo, num ambiente mais intimista, quatro sinfonias do conceituado músico cabo-verdiano (sinfonias 3, 4, 6 e 8) gravadas recentemente em disco pela North Czech Philharmonic Orchestra e conduzidas pelo jovem Maestro canadiano Charles Olivieri-Munroe. Trata-se de um trabalho de música clássica de grande qualidade. Porém, não é a primeira vez que a música de Vasco Martins é tocada por uma orquestra. Na verdade, Vasco Martins já foi tocado por orquestras e músicos de vários países, entre os quais suiços, franceses, portugueses e brasileiros.
O concerto de amanhã não será dado por uma orquestra, mas sim pelo piano de Vasco Martins, que regressa, assim, ao piano clássico.
Mais informações sobre o disco, outras sinfonias e a obra do músico em http://www.vascomartins.com

04 dezembro 2007

Bau e Voginha homanageiam os mestres

O tão esperado e falado CD da mais famosa dupla de guitarras da actualidade em S. Vicente - Bau e Voginha está pronto a ser apresentado. De título "Relembrando os Mestres", o disco apresenta temas óbvios para a guitarra cabo-verdiana com a sonoridade ímpar a que estes dois "mestres" nos acostumaram.
A apresentação oficial faz-se este Sábado, dia 22 às 23h30 no Mindel Hotel, espaço Alta Lua. Uma noite que promete ser prenhe de emoções para os grandes apreciadores da música tradicional de Cabo Verde.
Porém antes, na Sexta-feira, dia 7 e à mesma hora, poderemos ainda assistir a um concerto dado pelos emergentes Edson e Ilo Africano (filho do cantor e compositor Vlú Ferreira). Um fim de semana em cheio.

Trabalho discográfico dos TC estará no mercado brevemente

Depois de várias experiências e participações com artistas da cena musical cabo-verdiana e do incontestável sucesso do disco de Djodje, “Sempre TC”, surge um novo trabalho discográfico. “By TC” será lançado nos dias 21, 22 e 23 de Dezembro na Praia, Mindelo e Sal, respectivamente. No Mindelo a apresentação terá lugar no espaço Alta Lua do Mindel Hotel às 23h00 do dia 22, Sábado.
Esse trabalho do jovem grupo TC explora uma vertente bem mais comercial que o cd do Djodje, pois como grupo, TC pretende trabalhar mais com a vertente comercial (zouk, r&B...), podendo assim também fazer posteriormente trabalhos a solo completamente diferentes. Para além do zouk, o cd conta com temas com outro tipo de sonoridade. "By TC" estará brevemente no mercado e conta com 13 faixas inéditas e com as participações de Nichols, Jean Michel Rotin, Heavy H, Don Kikas, entre outros.

Memória Educativa lançada em livro

Enquadrado nas actividades de comemoração do 2.º Aniversário do Pólo da Universidade Jean Piaget no Mindelo, O Instituto Camões/Centro Cultural Português Pólo do Mindelo honra-se em promover o lançamento no próximo dia 6 de Dezembro, Quinta-feira, do livro A Memória Educativa Recuperada no Cabo Verde Boletim, da autoria de Maria Adriana Sousa Carvalho. A cerimónia de lançamento terá lugar na Biblioteca do CCP-IC pelas 18h30 e a obra será apresentada pelo Dr. Leão Lopes.

Teatro regressa ao CCM em Dezembro

Já é um dado adquirido que esta é a cidade mais teatral do País, pois há teatro durante todo o ano. E Dezembro, outro mês reservado à família e às crianças, o CCM recebe duas peças infantis. Assim, no dia 25 às 18h00, o grupo TIM-Teatro Infantil do Mindelo leva ao palco do auditório “A Feiticeira e a Pombinha”, estreada na última edição do Festival Mindelact.
Por sua vez, Esclumumba apresenta mais um espectáculo de teatro infantil - “Batinha Azul”. Isso acontece às 17h00 do dia 30, também no auditório do CCM. Uma oportunidade dos pais fazerem um programa cultural com os filhos.

03 dezembro 2007

Sobre Teatro Musical


Introdução
Existem três componentes para um musical: a música, interpretação teatral e o enredo. O enredo de um musical refere-se a parte falada (não cantada) da peça; entretanto, o “enredo” pode também se referir a parte dramática do espectáculo. Interpretação teatral relaciona as performances de dança, encenação e canto. A música e a letra juntas formam o escopo do musical; as letras e o enredo são frequentemente impressos como um libreto.
O teatro musical no mundo tem sinónimos como Teatro de Revista (Portugal e Brasil),
Comédie musicale (França).
É muito comum ao teatro musical que os trabalhos que tenham sucesso sejam usados no
cinema ou adaptados para a televisão. Por outro lado alguns programas populares de televisão têm um ou outro episódio ao estilo de um musical como uma peça dentro de seu formato normal.
Mesmo que o teatro musical esteja espalhado pelo mundo todo, suas produções são elaboradas muito frequentemente na
Broadway em New York, no West End em Londres, e na França.
Um musical pode ter a duração de poucos minutos ou varias horas; entretanto, os mais populares musicais duram de duas a duas horas e quarenta e cinco minutos. Musicais hoje são normalmente apresentados com intervalos de quinze minutos de duranção; no primeiro acto, é quase sempre de idêntica duração ao segundo. Um musical tem normalmente por volta de vinte a trinta canções de vários tamanhos (incluindo uma
reprise e adpatação para coral) entre as cenas com diálogos. Alguns musicais, entretanto, têm canções entrelaçadas e não têm diálogos falados. Esta é a linha fronteiriça entre musicais e ópera.
Um momento de grande emoção dramática é frequentemente encenado numa canção. Proverbialmente, “quando a emoção torna-se tão forte no discurso, canta-se; quando ela se torna tão forte na canção, dança-se. Uma canção deve ser adaptada ao personagem (ou personagens) e na sua situação dentro do enredo. Um espectáculo normalmente abre-se com uma canção que dá o tom ao musical, introduz de alguma forma os personagens principais, e mostra o enfoque da peça. Dentro da concentrada natureza do musical, os autores devem desenvolver os personagens e o planeamento.
A música apresenta uma forma excelente de expressar a emoção. Entretanto, em média, poucas palavras são cantadas nestes cinco minutos de canção. Portanto existe pouco tempo para desenvolver o drama que transcorre durante a peça, desde que um musical pode ter uma hora e meia ou mais de música.

A equipa de colaboradores de um Musical
O teatro Musical é um trabalho de colaboração com uma longa tradição histórica tanto nos tratados como na estrutura, embora novos autores dos musicais tentem flexibilizar esta forma de expressão tentando coisas novas, ou explorando situações que não foram exploradas ainda. Os Musicais são costumeiramente reconhecidos como uma combinação de letras, canções e diálogo falado.

Os autores
Existem normalmente vários autores em um musical. São poucos os musicais que foram escritos por apenas uma pessoa. Uma parceria de colaboradores
compositores (música), letristas (lírica) e escritores (texto/dramaturgia) são dirigidos, por um compositor/letrista, um letrista/escritor (também conhecidos como letristas) ou, por fim, por um escritor/compositor. Podem haver muitos escritores, letristas e compositores num musical.
Não existe uma resposta fácil para a constante dúvida sobre o teatro musical: “O que vem primeiro, a letra ou música?” Cada colaborador trabalha de uma forma diferente, e tende a ser único em sua forma de trabalhar. Às vezes uma melodia inspira uma letra. Às vezes uma letra inspira uma melodia. Entretanto, a maior inspiração para todos os autores é movida pelo tema da estória principal apresentada no espectáculo.
A ideia inicial para um novo musical pode vir dos próprios autores, ou eles podem ter sido contratados para escreverem um musical sobre um assunto específico. O teatro musical tem uma longa tradição de adaptar livros e outros materiais para este género. No caso de Neu Lopes acontecem as duas coisas: o primeiro musical “Um Vez Soncente Era Sábe” veio de uma ideia do próprio autor, enquanto que agora adapta um conto de um livro de contos tradicionais.

ENCHANTED – Um Filme de Encantar

A Disney lançou recentemente uma nova aposta no mundo cinematográfico. Enchanted, Uma História de Encantar na versão portuguesa, é um filme que traz animação e imagem real. Não! Não é uma mistura ao estilo de Roger Rabbit. Mas a história é bem interessante. É a passagem de um mundo para o outro, por razões forçosas.


Sinopse
Giselle (Amy Adams) é uma bela princesa que foi recentemente banida por uma raínha malvada do seu mundo mágico e musical. Com isso ela agora está numa Manhattan dos dias atcuais, um local completamente diferente de onde vivia. Logo ela recebe a ajuda de Robert (Patrick Dempsey), um advogado divorciado por quem se apaixona. Só que Giselle já está prometida em casamento para o príncipe Edward (James Marsden), que decide também deixar o mundo mágico para reencontrar sua amada.

Título Original: Enchanted
Género: Comédia Romântica
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Estúdio: Walt Disney Pictures/Steiner Studios/Andalasia Productions/James Baxter Animation
Distribuição: Buena Vista Pictures
Realização: Kevin Lima
Argumento: Bill Kelly
Produção: Barry Josephson e Barry Sonnenfeld
Música: Alan Menken e Stephen Schwartz
Interpretação: Amy Adams, James Marsden, Timothy Spall, Rachel Covey, Susan Sarandon, Idina Menzel, Michaela Conlin, Paige O'Hara, Isiah Whitlock Jr., John Rothman, Matt Servitto, Joseph Siravo, Elizabeth Mathis e Julie Andrews (Narradora-voz)


24 novembro 2007

TÉCNICA TEATRAL III - O Som e o Audiovisual

Há muito que se afirma uma tendência que considera a visão e a audição como dois sentidos que entre si mantêm relações privilegiadas de complementaridade e de oposição. No Homem, a associação entre som e imagem é, desde muito cedo, estabelecida a partir do contacto com o meio exterior e «naturalizada» pela aprendizagem.
Na era dos multimédia, o estudo dos modos artificiais de organização de imagem e de som adquire primordial importância, mobilizando a atenção de diversificadas áreas científicas, artísticas (teatral, por exemplo) e profissionais.

Sistema Audiovisual

A palavra audiovisual "resulta da aglutinação dos termos" "audio" e "visual" e refere-se:
a) a tudo o que pertence ou é relativo ao uso simultâneo e/ou alternativo do visual e auditivo;
b) a tudo que tem características próprias para a captação e difusão mediante imagens e sons.

O sistema audiovisual é composto por todos os signos percebidos pela vista e pelo ouvido e pelas relações que entre eles se estabelecem.

Signos Audiovisuais – produzidos pela combinação de significantes percepcionados pelo ouvido e pela visão. As imagens e os sons constituem o significante.

Signos Visuais – produzidos por significantes captados pela visão: pictóricos, gráficos, imagens.

Signos Auditivos – produzidos por significantes apreendidos pelo ouvido.


Percepção Auditiva

É essencialmente através do sistema auditivo5 que o homem percebe o ambiente sonoro que o rodeia.
A origem de um som é sempre a vibração de um objecto físico dentro da gama de frequências e amplitudes capaz de ser apreendida pelo ouvido humano. Esta vibração empurra outros corpos físicos que o rodeiam, gerando, por sua vez, outras vibrações. Quando estas vibrações chegam ao nosso ouvido, normalmente através do ar, percebemo-las como um som. Em suma, o fenómeno sonoro é a percepção das oscilações rítmicas, normalmente da pressão do ar, que foram estimuladas por outro objecto físico vibrante que actua como fonte de emissão.


Sistema expressivo sonoro

O sistema expressivo sonoro integra quatro variantes: expressão oral, música, sons e silêncio.

Subsistema da expressão oral – é um signo que une um conceito e uma imagem acústica. As relações que o signo mantém com a realidade são absolutamente convencionais. No entanto, interessa também destacar os fenómenos paralinguísticos que se produzem na realização dos actos de fala - entoação, inflexões, modulações de voz.

Subsistema da música – Integra uma diversidade de timbres próprios dos instrumentos (acústicos, electro-acústicos e electrónicos) e da voz humana. A música introduz uma subjectividade emotiva, evoca o não discursivo, o não figurativo.

Subsistema de sons – Integra os sons não icónicos (usualmente designados ruídos), pois não permitem identificar qual a fonte que os emite, e os sons icónicos, os quais produzem uma imagem acústica que remete para uma determinada realidade. Está integrado por signos auditivos dimanados dos objectos, animais e pessoas nos seus movimentos e acções.

Subsistema do silêncio – Entendemos por silêncio a sensação de ausência de som, um efeito perceptivo que se produz por um determinado tipo de formas sonoras. O efeito-silêncio é, por vezes, carregado de significação. Pode-se, inclusive distinguir três usos expressivos do silêncio:

1- Uso sintáctico – Quando os efeitos-silêncio se utilizam para organizar e estruturar os conteúdos visuais, isto é, quando actuam simplesmente como instrumento de separação.

2- Uso naturalista – Quando se utilizam como imitação restrita da realidade referencial. Os efeitos-silêncio expressam informações objectivas muito concretas sobre a acção narrada.

3- Uso dramático – Utilização consciente do efeito-silêncio para expressar algum tipo de informação simbólica. Exemplo: morte, suspense, vazio.


Características técnicas do som

Intensidade – a propriedade de o som ser mais ou menos forte. Potência sonora.

Tom – a propriedade de o som ser mais ou menos agudo.

Timbre – a propriedade exibida por um tom composto que permite o seu reconhecimento.

Duração – a persistência do som no tempo.

TÉCNICA TEATRAL II - Exercícios de Dicção

TENS BOA DICÇÃO?
ENTÃO LÊ, DE PREFERÊNCIA EM VOZ ALTA


Nível Fácil:
1. Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala.
2. O rato roeu a roupa do Rei de Roma a Rainha com raiva resolveu remendar.
3. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
4. O original nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará.
5. Perguntaram-me qual é o doce que é mais doce que o doce de batata doce? Respondi que o doce que é mais doce que o doce de batata doce é o doce que é feito com o doce do doce de batata doce.

Nível médio:
1. Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.
2. O tempo perguntou ao tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que não tem tempo para dizer ao tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem.
3. Em baixo da pia tem um pinto que pia, quanto mais a pia pinga mais o pinto pia!
4. A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia que o sabiá não sabia que a sábia não sabia que o sabiá sabia
assobiar.

Nível Difícil:
1. Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizá-los, um bom desmafagafizador será.
2. O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas.
3. Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretárita perfeitíssima.
4. Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco, é ornitorrinco, ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.
5. Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia?

Nível Impossível
Verbo Tagarelar no Futuro do Pretérito
Eu tagarelaria
Tu tagarelarias
Ele tagarelaria
Nós tagarelariamos
Vós tagarelarieis
Eles tagarelariam

Então como correu?

TÉCNICA TEATRAL I - A Voz e o Actor

Inflexões
A voz é o retrato da personalidade do indivíduo.Tudo que é sentido, reprimido, extravasado ou vivido por uma pessoa, é capaz de ser percebido pela voz. De que forma isto acontece? Como pode a palavra dizer uma coisa e o som outra? Através das inflexões. A melodia crescente ou decrescente que se faz, determina o que vai na alma do falante. Por exemplo, quando se quer pedir alguma coisa ou fazer um “mimo”, costuma-se usar maior nasalidade; se quiser demonstrar aborrecimento, a voz sairá fria, seca e assim por diante. Juntamente com as expressões faciais, o tom vocal reflete as emoções e sensações humanas. Uma voz colorida ou clara, é rica em inflexões, já uma voz escura ou opaca, tem uma linha melódica pobre. O actor faz uso de variações vocais constantemente para o engrandecimento do seu trabalho. Talvez, até o segredo de uma boa interpretação, esteja na correta ou adequada inflexão de palavras e frases. É preciso que ele tenha sensibilidade para perceber as intenções do autor de determinado texto. A partir do momento que ele entender que emoções deverão ser passadas para o público, o texto decorado ganhará verdadeiramente, vida.
Carla Guapyassú
Fonte: Interpalco

23 novembro 2007

Muzka pa fim de semana

Mindelo não pára no fim de semana e uma das opções que mais os mindelenses gostam é de ouvir música ao vivo. Espaços não faltam e os mais requisitados são o Alta Lua no Mindel Hotel e o Bar Lobby do Hotel Porto Grande.
Assim, a noite desta Sexta-feira inicia-se com o Alta Lua proporcionando um jantar self-service seguido de um desfile de moda assinado pela estilista mindelense Matilde Gomes. Para finalizar a noite as vozes inconfundíveis de Diva e Biús, acompanhados por uma banda de peso: Vamar, Jimmy, Tchenta, Jorge e Djassa. Amanhã, Sábado Biús regressa ao mesmo espaço com a mesma banda.
Já o Bar Lobby do Hotel Porto Grande - Oásis, poderá assistir hoje a um concerto com Edson, acompanhado pela banda residente, que acompanhará Constantino num outro concerto na noite de Sábado.
Bom fim de semana!

“Jesus Cristo Super Star” estreia agora em Lisboa


Filipe La Féria não pára. Depois das revistas de sua autoria de que tanto ouvimos falar, são as peças musicais que agora povoam a sua mente. Podemos referir Amália, Alice no País das Maravilhas ou o tão visto Música no Coração com a cantora e actriz Lúcia Moniz, a Laura da telenovela Vingança. E agora mais um sucesso, Jesus Cristo Super Star, que já esteve muitas semanas fazendo sucesso no Porto. Lisboa agora deliciar-se-á com a mais recente adaptação de Filipe La Féria. De recordar que Jesus Christ Super Star também é um dos maiores clássicos de sempre do cinema musical.
Como peça de teatro, subiu pela primeira vez aos palcos de Londres nos anos de 70 pelas mãos de Andrew Lloyd Weber, autor do nada mais, nada menos, segundo maior sucesso musical de sempre O Fantasma da Ópera, superado apenas por outro musical – Os Miseráveis, a partir da obra original de Victor Hugo.
Por aqui, sarron.com começa a trabalhar no segundo musical da companhia, O Feiticeiro de Santo Antão, adaptado por Neu Lopes, que também assina a música original. Isso só acontecerá no Verão de 2008.

“Corrupção” é um dos filmes portugueses mais vistos

Depois de O Crime do Padre Amaro, mais um filme português arrebata um grande número de cinéfilos. É que Corrupção, baseado no polémico livro de Carolina Salgado, "Eu, Carolina", é o filme português mais visto da actualidade – são mais de 8.000 pessoas que já viram o filme e continuam a dirigirem-se em massa às salas de cinema. Corrupção gira à volta do mundo do futebol, e da “compra” de árbitros, facto que tanto se ouviu falar no processo "Apito dourado", envolvendo uma das figuras mais carismáticas do futebol português – Pinto da Costa.
Nós aqui ficamos à espera do seu lançamento em DVD, ou talvez nem tanto, se formos apoiantes da pirataria.
Ah, saudades do Eden-Park!

“Planeta Terra” já está em DVD

A fantástica série televisiva da BBC que passou no canal privado português SIC está agora disponível em DVD. São 11 episódios que contaram com mais de 2000 dias de filmagens. Cerca de 40 câmaras filmaram o Planeta Terra como jamais o poderá ver. São imagens interessantes sobre a vida animal e momentos da natureza capazes de nos tirar a respiração. Se quer saber o preço dessa preciosidade acesse www.worten.pt e procure a lista de filmes à venda.

iPod, fruto proibido!!

Agora pensem bem e tirem as vossas conclusões. Numa versão bíblica moderna, qual seria o fruto proibido desejado por Adão? Seria a maçã? Claro... a apple!

iPod Mania



::::: SEM COMENTÁRIOS :::::

22 novembro 2007

Rappers Unidos comemoram 10 anos de actividades

Inserido na rúbrica Música Como Cultura levada a cabo mensalmente pelo Centro Cultural do Mindelo, este Sábado, 24 haverá um grande espectáculo de Hip Hop naquele espaço cultural. É já a décima edição do Rappers Unidos. Trata-se, segundo o Dj Letra, de uma reunião anual de trabalhos organizada sempre no mês de Novembro. Isso porque Novembro é o mês internacional do Hip Hop, e na última semana desse mês, uma actividade especial ligada ao Hip Hop acontece por todo o mundo. Este ano, por se tratar de uma data especial - o certame comemora 10 anos - a organização decidiu condecorar, com diplomas de mérito, os quatro patrocinadores que sempre abraçaram a iniciativa (Despachante Silvestre Silva, Centro Cultural do Mindelo, Luminotecnia Faísca e Atlantic Sound Productions). Alguns dos artistas envolvidos já contam com trabalhos editados em CD. Entre os presentes estarão artistas como EXPAVI, 4ª K, Aloísio dos Hip Hop Art, JNMP, um grupo de Santo Antão e outro artista de São Nicolau. A confeir no Auditório do CCM este fim-de-semana. AAAAAIIIIII!

TIM sobe aos palcos de S. Nicolau



O grupo teatral TIM - Teatro Infantil do Mindelo está em Tarrafal, São Nicolau para apresentar dois espectáculos amanhã, dia 23. A peça escolhida desta vez é "Linha de Pesca" e será agora apresentada no âmbito do encerramento do Projecto de Conservação Marinha e Costeira e também a convite da Comissão Instaladora da Câmara Municipal do Tarrafal. É a troupe de teatro infantil mais requisitada do país fazendo o que melhor sabe - teatro infantil com uma forte vertente educativa e ambiental. Aos nossos colegas, votos de felicidades e que continuem a trabalhar sempre. Estamos juntos!

18 novembro 2007

ÁfricaDOC selecciona realizadores cabo-verdianos

O ÁfricaDOC vai seleccionar quatro jovens realizadores/produtores cabo-verdianos para participar num workshop, que acontece de 2 a 14 de Fevereiro de 2008, em Bissau, capital da Guiné Bissau. Esta formação faz parte do programa para o biénio 2007-08 e é dirigido a Cabo Verde, Moçambique e Guiné-Bissau.

As inscrições, que se prolongam até 31 de Dezembro do corrente ano, são para realizadores ou produtores em início de carreira e podem ser feitas no Centro Cultural Português ou no endereço www.africadoc.org.
ÁfricaDOC é um projecto para cineastas e produtores independentes dos países africanos de línguas portuguesa e francesa e é desenvolvido numa parceria entre Luís Correia (LX Filmes/Portugal), Jean-Marie Barbe (Ardèche Images/França), Maty Gueye (Dakar Images/Senegal) e Noémie Mendelle (Scottish Documentary Institute/Escócia).
O seu principal objectivo é contribuir para o surgimento de novos cineastas nos países africanos, fazer a sua integração no mercado internacional e melhorar as competências dos realizadores e produtores para que estes possam acompanhar a evolução das tecnologias de desenvolvimento de projecto, produção e distribuição.
O projecto, que já vai no seu 5º ano, pretende ainda promover a co-produção, divulgação e circulação de obras de autores africanos entre os países de língua portuguesa, o desenvolvimento de co-produções entre africanos e entre estes e europeus, juntar televisões europeias com difusão em África à produção de obras documentais criadas por autores africanos.
O documentário “Batuque, a alma de um Povo”, do realizador cabo-verdiano Júlio Silvão, é uma das 24 produções que já beneficiaram do projecto.
in: asemana online

15 novembro 2007

“Eva” de Germano Almeida concorre a prémio ibérico

O romance “Eva”, do escritor cabo-verdiano Germano Almeida, é um dos livros, entre centena e meia, que vai concorrer à edicão 2008 do prémio literário Casino da Póvoa de Varzim, em Portugal, parte integrante do encontro de escritores de expressão ibérica “Correntes d'Escritas”.
Também Mia Couto, escritor moçambicano, concorre com “O Outro Pé de Sereia” e Pepetela, de Angola, concorre com “Predadores” a este prémio com um valor pecuniário de vinte mil euros.
O vencedor será conhecido a 12 de Fevereiro de 2008.
O “Correntes d’Escritas” tem ainda um prémio literário juvenil associado, o “Correntes d’Escritas/ Papelaria Locus” com um valor monetário de 750 euros e cujo prazo para entrega de trabalhos termina no dia 30 deste mês.
Ana Paula Tavares, escritora, Carlos Quiroga, professor da Universidade de Santiago de Compostela, Luiz Fagundes Duarte, professor da Universidade Nova de Lisboa, Maria Lúcia Lepecki, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Patrícia Reis, escritora e editora da revista Egoísta, integram o júri que apreciará e divulgará, em Janeiro, a lista dos finalistas.
O ano 2008, por ser par, só admitiu a concurso trabalhos de romance, novela ou conto, este último só para a categoria juvenil.
No 12 de Fevereiro, primeiro dia de actividades do próximo Correntes d’Escritas, o Júri decidirá quem será o vencedor.
A obra vencedora será divulgada no dia 13, na cerimónia oficial de abertura do encontro de escritores de expressão ibérica, e o prémio, no valor monetário de 20 mil euros, simbolizado numa Lancha Poveira, será entregue na sessão de encerramento do evento, no dia 16.
Tanto este como o prémio Casino da Póvoa distinguem, nos anos ímpar, obras em poesia e, nos anos par, obras em prosa.
O encontro, que vai decorrer de 13 a 16 de Fevereiro, contará com um diversificado programa de mesas de debate, visitas de escritores a escolas do concelho, sessões de cinema, teatro e poesia, tudo para voltar a fazer da Póvoa o centro de atenções do mundo literário.


in: asemana online

Sobre “Lonji” de Tcheka

Ouvi e fiquei no ar. Não posso dizer que não tenha gostado de algumas sonoridades do CD, mas sinto um Tcheka um pouco descaracterizado. Digo mesmo que sem muita força na voz. É a primeira impressão que tenho logo que ouço a primeira faixa “Da-m bu mon”. Não ouço a voz que tanto gostei em “Djuana”, “Santa”, “Mamai Doca”, etc. Até músicas como “Amizadi si”, “Nayé”, “Satanaz” e “Agonia” deixam bastante atrás a voz de Tcheka em temas deste novo trabalho, como “Maria”, “Lonji”, “Telemóvel”, ou “Língua pretu”. Se calhar é por eu me ter habituado ao Tcheka desde os seus primórdios, pouco tempo após o desaparecimento de Pantera, em que vi um ensaio, e acompanhei o início de sua carreira com o ARKORA (Sem o Orlando). Nessa altura via-se um feeling espectacular da banda, com sonoridades que lembravam ao tempo de Pantera, contudo com algumas inovações. Penso que havia um grande equilíbrio harmónico entre os instrumentos. A guitarra de Hernâni veio trazer uma mais valia e enriquecer essa sonoridade. Se calhar é a diferença que se sente entre Argui e Nu Monda. Em Lonji há coisas que saltam à vista, ou melhor, ao ouvido. Sem dúvida alguma que o arranjo de cordas (entenda-se guitarras) tem o cunho de Hernâni Almeida. Quem conhece o trabalho de Hernâni chegará facilmente a essa conclusão. Há outras sonoridades interessantes, mais viradas para a percussão e os metais, porém sinto também que, muitas vezes, uma superlotação desnecessária desses sons. Há uma grande valorização da guitarra acústica, mas em muitos dos trechos, nota-se a ausência do baixo que poderia dá-las maior profundidade. Penso que libertaria a sobrelotação dos elementos de percussão. Fora tudo isso, penso que a música aqui perdeu muito do que originalmente a caracterizava. É claro que Lenine é um grande músico e produtor que já fez trabalhos de reconhecimento internacional. Mas será que isso teve ou terá grande impacto na música de Tcheka a nível de uma sonoridade que não se libertem totalmente das suas raízes ou terá impacto ainda maior (e de interesse da produtora) o nome LENINE em termos de marketing?
Essa é uma opinião minha. Não sou músico, mas acho que aprendi a ouvir e escutar música com alma. Convido a outras pessoas a comprarem o disco e tirar suas ilações. Mas comprem o disco mesmo. Vejam bem a ficha técnica e ouçam-no despidos de preconceitos e sem fazer mais nada. Nada de PC’s Mac’s, iPod’s e mp3. Isso é batota e não leva um artista a lado nenhum.

Neu Lopes

TCHEKA
Lonji
1. Da-M Bu Mon
2. Ana Maria
3. Tadja Korbu
4. Lonji
5. Tuti Santiagu
6. Sabu
7. Primeru Bes Kin Ba Cinema
8. Telemovel
9. Fla Mantenha
10. Lingua Pretu
11. Argui
12. Sisterna
13. Tenpul Nona Negul Pinha
14. TéTé Landin


O mais recente Lançamento. Já à venda em todas as lojas: Harmonia

Praia, Santiago
Rua Andrade Corvo
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Fax: 261 83 71

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Numero 29 - 1 Andar
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Predio central espargos
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Documentário alerta para caça em série das cagarras

Depois das fotos, está prestes a sair o vídeo que revela como uma espécie endémica de Cabo Verde - a cagarra - está seriamente ameaçada de extinção. Até à próxima segunda-feira, 19, no Centro Cultural do Mindelo, a exposição de fotografias intitulada “Ilhéu Raso”, chama a atenção para o perigo que constitui a matança em série desta ave marinha. O mesmo alerta já foi registado em vídeo e, segundo o ecologista José Melo, o documentário deverá ser editado pela Associação Biosfera 1 antes do final deste ano.

José Melo é um frequentador assíduo da ilha de Santa Luzia e dos ilhéus Raso e Branco. Uma vez por mês vai observar a vida selvagem que ali se desenvolve tanto debaixo como à superfície das águas do mar. A conclusão a que chegou não é nada animadora: “Tenho presenciado alterações da vida nessa parcela do território de Cabo Verde devido ao desaparecimento não só de espécies marinhas como de aves marinhas e répteis, entre elas os lagartos que, neste momento, só existem no Ilhéu Raso”.

O caso mais grave, segundo este amante da natureza, que como outros sanvicentinos preocupados com o frágil ecossistema cabo-verdiano formaram a associação de defesa do meio ambiente Biosfera 1, é a apanha em massa de cagarras. Para José Melo, “está a aumentar o número de pescadores que vão ao Ilhéu Raso caçar cagarras. O problema é grave porque as cagarras adultas não são caçadas, apenas as juvenis, ou seja, a espécie não está a ser renovada”.

A maior prova disso, segundo Melo, “é fornecida pelos pescadores. No ano passado apanharam cerca de 27 mil cagarras. Este ano, não chegaram às 18 mil. Porquê? As cagarras adultas (que têm uma estimativa de vida de 7 a 10 anos e só põem um ovo por ano) estão a morrer porque já têm idade”. Ou seja, “estão a extinguir uma espécie que só existe em Cabo Verde, em 70 por cento do Ilhéu Raso e também lá pelas bandas do Ilhéu Rombo, junto à Brava. Não existe em nenhuma outra parte do mundo”.

Os pescadores estão conscientes dos riscos de extinção da cagarra, depreende José Melo, após várias horas de conversa com os homens do mar, a maioria originários da região de Sinagoga (Santo Antão). “Recorrem à caça da cagarra para obter mais algum rendimento para sustentar a família e, segundo me disseram, se tivessem alternativa não o fariam”, garante, acrescentando que é hora de todos - entidades municipais e centrais e cidadãos comuns - contribuírem para o fim desta prática nefasta.

Por isso, para alertar o maior número possível de pessoas, aquém e além-fronteiras, a Associação Biosfera 1 também registou em vídeo as imagens da caça e matança das cagarras, que acontece anualmente no mês de Outubro, bem como da restante vida selvagem do ilhéu Raso, nomeadamente outras aves marinhas que lá nidificam, entre elas o rabo de palha e a calhandra, e os lagartos.

Imagens que estão a ser editadas em documentário para dar a conhecer o ilhéu e a sua vida selvagem. “O meu desespero é saber que a cagarra, a calhandra e o lagarto são espécies endémicas, que não existem em nenhuma outra parte do mundo e, que dentro de anos, podem não existir mais em Cabo Verde se não pararmos com a caça para alimentação e criação como animais de estimação”, desabafa Melo.

Teresa Sofia Fortes
in: asemana online

14 novembro 2007

Família SARRON


A Companhia



Os Sarrões



As Sarronesas


Mais fotos do nosso aniversário

Um momento alegre



Teja interpreta um Fado




Doca declama o seu poema



O casal Dias assiste atentamente à declamação da Teja



Teja num momento de poesia




"Parabéns a você..."




Todos querem apagar as velas


A primeira fatia do bolo


SARRON.COM comemora 2.º Aniversario

No passado dia 11 de Novembro SARRON.COM completou o seu segundo ano de vida. A data foi comemorada com um jantar/convívio. Muita animação e boa disposição no seio do grupo que está a crescer e prepara-se para mais uma temporada de trabalhos.

Ficam algumas imagens para a posteridade




Para começar, decoração à maneira...




...com ambiente soft, propício.



Wesley Lopes (filho de Neu Lopes e Manú Lopes) abriu a noite de animação...



A animação continua com a música de Doca, acompanhado por Di Fortes




Mais tarde, jantar self-service


11 novembro 2007

"Ilhéu Raso" no CCM a partir de 12 de Novembro

A partir desta Segunda-feira, 12 de Novembro a Biosfera organiza uma esposição muito especial no Centro Cultural do Mindelo. Essa associação para a defesa do meio ambiente vem agora denunciar publicamente a responsabilidade das entidades competentes e do homem cabo-verdiano, em geral, no que diz respeito à erradicação de uma das espécies mais raras do planeta - a Cagarra . Confirma-se agora a música de Manuel d'Novas "...nêss terra ca tem cagara ta cantá na rotcha...". São apenas três espécies de cagarra em toda a Terra e esta só se encontra em Cabo Verde. A Calonectris edwardsii, de 40cm é vulgarmente conhecida por Cagarra de Cabo Verde. As maiores colónias desta ave marinha encontram-se no Ilhéu Raso (daí o título da exposição), Branco e na Ilha Brava. Um número reduzido reproduz-se em São Nicolau, Santo Antão e Santiago. Como as outras aves marinhas, só põe um ovo por ano. Vítima da acção depredadora dos pescadores, que lhe roubam os ovos e capturam os seus filhotes nos ninhos, a Cagarra carece de uma protecção imediata, sob pena da sua inevitável extinção. Aliás confirma-se que essa espécie está mesmo "no vermelho". Essa exposição apresentará imagens do Ilhéu Raso e da triste vivência, ou melhor, morte dessa espécie por apenas um naco de carne que não mata fome a ninguém, apenas serve para acompanhar uns grogues. Imagens tristes a contrastarem com a presença de cagarras vivas que a Biosfera tem vindo a alimentar e proteger. Exposição patente no CCM durante uma semana. Passe e confirme.

07 novembro 2007

SARRON.COM estará com toda a força em 2008

Nas vésperas de completar o seu segundo aniversário, a sarron.com – Companhia de Teatro põe a nu os seus projectos para 2008. O ano de 2007 não foi muito produtivo para a companhia, tendo esta apresentado ao público apenas uma peça teatral - Um Cinquintinha. Porém, em 2008 haverá uma produção ainda mais forte que o ano de seu nascimento, em que foram apresentados os incontestáveis sucessos de plateia Upgrade (bô) Democracia e Um Vez Soncente Era Sábe. A companhia está renovada, contando agora com dezanove elementos e tem, como um de seus objectivos estratégicos, tirar partido dos seus elementos, aumentando as produções, não só em quantidade, como também em qualidade. São quatro as propostas para o ano de 2008. Quatro espectáculos de géneros diferentes, partindo de cinco diferentes elementos da companhia. Para começar, a companhia que “lançou” o género musical na nova era do teatro em Cabo Verde regressará ao género, numa peça mais uma vez dirigida por Neu Lopes que, para além da adaptação dramatúrgica, assina a encenação e a direcção musical. O novo musical da sarron.com chama-se O Feiticeiro de Santo Antão, baseado num conto tradicional de mesmo nome, que inspirou a música mais conhecida por “Papá Juquim Paris”. A fonte principal é o livro "Narrativas e Contos Cabo-verdianos", de autoria de Manuel Bonaparte Figueira, editado em 1968. Contrariamente a Um Vez Soncente Era Sábe, o novo musical contará com menos actores, dando lugar a uma peça que pretende ser mais vistosa, mais física, sentimental e, sobretudo, mais espectacular. Essa é a proposta para o Verão de 2008, juntamente com a peça de menor dimensão Perdão Emília sob a direcção de Maria Teresa Assunção (Teja).

A música também estará presente num outro espectáculo, desta vez infantil – Blimundo – que, com certeza será o género novidade para a companhia que ainda não tinha sequer pensado em realizar uma peça do género. Blimundo será dirigida por Manú Lopes que não revela mais pormenores. Mas antes de todos estes espectáculos já anunciados, Hélder Lopes (Doca) e Eileen Barbosa apresentarão a proposta para Março Mês do Teatro 2008. Um trabalho baseado nos contos do livro recentemente apresentado ao público, “Eileenístico” de autoria de Eileen Barbosa. De realçar que Eileen Barbosa recebeu em 2007 dois prémios literários, com destaque para o de melhor conto, promovido pela Associação Cabo-verdiana de Escritores.
Com isso, a sarron.com continua a cumprir um dos seus principais objectivos – a promoção de textos originais dos elementos da companhia e de obras de autores cabo-verdianos.
Curiosidade: dessas três propostas, três estão ligadas à Ilha de Santo Antão.

Casa da Nha Bernarda regressa aos palcos mindelenses


O Grupo de Teatro do Centro Cultural Português – Instituto Camões sobe ao palco nos dias 16, 17 e 18 de Novembro para repor a peça Casa de Nha Bernarda baseada na obra de Garcia Lorca. A peça foi apresentada pela primeira vez há dez anos atrás. Com um elenco renovado, João Branco voltou a encenar a peça que fez as honras de abertura do Mindelact 2007. Uma história comovente onde o que fica é, sobretudo, o pranto doce e triste das mulheres abandonadas.

FICHA TÉCNICA

Título: Casa de Nha Bernarda
Autor: Garcia Lorca (da obra “A Casa de Bernarda Alba”)
Encenação: João Branco
Assistente de Encenação: Mirto Veríssimo
Adaptação Dramatúrgica: Colectivo
Cenografia: João Branco & Paulo Miranda
Figurinos: Anilda Rafael
Iluminação: Anselmo Fortes
Interpretação: Eliabete Gonçalves, Gabriela Graça, Glória Sousa, Karina Delgado, Maria Auxilia Cruz, Mirtó Veríssimo, Patrícia Alfama, Romilda Silva, Sílvia Lima, Zenaida Alfama

29 outubro 2007

Sinfonias de Vasco Martins na Net

Segundo o mannaging do músico Vasco Martins, o site www.vascomartins.com foi renovado. Agora pode encontrar samples audio (menu listening room), partituras para orquestra das 8 sinfonias e outras peças (menu scores-partituras).

26 outubro 2007

JIM PORTO NO HOTEL PORTO GRANDE

Esta Sexta-feira, dia 26, o Bar Loby do Hotel Porto Grande recebe em concerto Jim Porto, acompanhado do baixista Kisó e do Baterista e Percussionista Micau (Bêdje). Música brasileira de qualidade para iniciar um fim de semana com bom feeling. A música de Jim Porto combina talentos com artistas de renome, como é o caso do músico de Jazz Chet Baker, que participou no primeiro álbum em 1983 e expoentes da música Brasileira como Gilberto Gil ou Djavan.
Com sua fusion de Jazz-Samba-Afro-Funk, ele tem continuado a tradição brasileira de melodias e ritmos cortantes que Stan Getz chamava de “música aparentemente simples mas incrivelmente difícil de ser tocada com mestria... extraordinariamente maravilhosa.” Como artista independente gravou trilhas sonoras de duas telenovelas assinadas pela TV Globo.
O compositor e artista brasileiro Jim Porto é um dos mais refinados intérpretes da música popular world beat da sua geração. Vivendo em Itália, Jim continua a espalhar a sua invenção melódica por toda a Europa com um contínuo frescor de uma genuína fusion inigualável.

LURA ACTUA NA CHINA

A cantora cabo-verdiana Lura actua hoje, 26 em Xangai, o centro económico e financeiro da China, no âmbito de uma digressão pelo país, informou ontem a embaixada de Cabo Verde na República Popular da China, escreve a Inforpress.
"O objectivo da participação de Lura é promover a cultura cabo-verdiana e Cabo Verde de uma forma geral, até para dar a conhecer o país como destino turístico", disse José Correia, da embaixada cabo-verdiana.
Com o apoio da embaixada, Lura participa no festival Internacional de Artes de Xangai, que teve início no passado dia 18 e termina a 28 de Novembro.
A artista actuou nos dias 19 e 21 de Outubro na Festa da Lusofonia, em Macau.
Lura, 32 anos, já lançou três álbuns, com os quais se tornou uma das revelações da nova música de Cabo Verde.
No passado mês de Setembro, a China atribuiu a Cabo Verde o estatuto de destino turístico aprovado, que permite aos cidadãos chineses viajarem em grupo sem necessidade de autorização de saída por parte de Pequim, o que permite atrair com mais facilidade turistas para o arquipélago cabo-verdiano.

in: liberal online

Música Como Cultura hoje, 26 no CCM

Jaap de Viers é o nome que fará as honras do Música Como Cultura deste mês no Centro Cultural do Mindelo. O artista e músico holandês vai estar, a solo, no pátio do CCM com sua flauta. Música Como Cultura é uma rubrica criada, há mais de um ano, para preencher uma lacuna que se fazia sentir no campo musical no CCM. Nesse espaço musical já passaram nomes como Vasco Martins, Bau, Voginha, Ilo Africano, Fernanda, Cissoko, Ricardo de Deus, Hip Hop Art, Mo Green e muitos mais.

CCF Promove Ateliers

O Centro Cultural Francês na Praia prepara-se para introduzir mais uma inovação no seu programa de actividades: ateliers de criação.

Há duas semanas teve inicio o Atelier de Contos, que tem funcionado no edifício do CCF todos os sábados, entre as 10 horas e as 11h30. Este atelier é dedicado às crianças (dos oito aos catorze anos) e consiste na audição de contos narrados por José Rui Rodrigues.
Já para os ateliers de criação - um de confecção de instrumentos musicais, ministrado por Márcio Rosa e outro de estilismo, animado por Kajó Fortes - a participação está aberta a todos os inscritos no CCF que tenham a cota anual em dia. Quem quiser, poderá efectuar a sua inscrição no centro e participar dos ateliers que decorrerão no Palácio da Cultura, aos sábados.

Xclumbumba leva Teatro Infantil ao CCM

No dia 28 as crianças poderão ir ao CCM e deliciar-se com Américo Fortes e o Projecto Estória Estória. É o regresso de Xclumbumba a São Vicente. A peça teatral conta com a interpretação de Ana Daniela, Carlos Nunes, Eça Vaz, Krisia Delgado e Ana Lina Cabral, alunos do Teatro Experimental.
Leve seu filho. Bilhetes por apenas 170$00, já à venda no Salão Gia, na Boutique Vogue e no CCM.

23 outubro 2007

Botchada

Cinema Mira-mar, anos 80.
Para lembrar do tempo em que havia botchada para comprar bilhetes para filmes de Shaolin e que se chegava até a levar de pau.

O nosso obrigado à nossa amiga e espectadora Alícia Melício por nos ter enviado essa preciosidade.

Trás Di Sonoridades

Eis mais um trabalho digno de ser apreciado… bem, se calhar diria, escutado e estudado ao pormenor. Não só pela qualidade do trabalho, como também pela diversidade dos temas. Há muitos estilos neste álbum, que, à priori, poderá deixar as pessoas reticentes em relação a tanta mistura. Mas tal qual o álbum é intitulado, está-se atrás de sonoridades. Sonoridades que são expressas por um leque de artista jamais visto e ouvido num único trabalho musical. E isso é mais do que razão para tornar este álbum uma obra de estudo obrigatório. Os artistas vão desde os veteranos à nova vaga, traduzindo essa diversidade, através de sua pequena ou significativa experiência. Djinho Barbosa assina todos os temas com música e algumas letras, dividindo ainda os arranjos com alguns dos artistas participantes do álbum.
Para quem não conhece Djinho Barbosa, é músico compositor e intérprete, irmão de Kaká Barbosa, toca instrumentos como guitarra, baixo e teclado, foi teclista dos Finaçon, fundador do grupo Abel Djassy e, recentemente, integrou a banda Quarteto em Si.
Trás Di Son contém estilos entre a morna, a coladeira, o batuque e o funaná e abre as fronteiras para novas experiências, com artistas sobejamente conhecidos nas lides da música nacional. Alguma dúvida? Consulte a lista que se segue: Djinho Barbosa, Princesito, Kisó, Houss, Paulinho Vieira, Kim Alves, Kako Alves, Tó Alves, Kaká Barbosa, Albertino, Annie, Nhelas Spencer, Jorge “Pimpa”, Antero Veiga, Zé Lucky, Gamal, Chando Graciosa, Zé Mário, Bino, Adão, Mário Lúcio, Hernâni Almeida, Lenine Barbosa, Cláudia Barbosa, Xiomara Barbosa, Sana “Peppers”, Debbie Jefferson, Ricardo de Deus, Russo Bettencourt, Dunia Gonçalves, Carlos Modesto, Baleno, Zeca Couto, Djodji, Totinho. Ainda pode ser que me tenha esquecido de alguém.
Mesmo que Trás Di Son não esteja a conseguir a atenção que as nossas rádios deveriam dá-lo, é incontestavelmente uma das maiores e mais atrevidas obras musicais dos últimos tempos em Cabo Verde.
Para mais informações, poderão contactar o Djinho Barbosa pelo e-mail
djinhobarbosa@gmail.com ou ainda consultar o blog Sondisantiagu na nossa lista de links, mesmo ao lado deste post.
Comprem e apreciem-no. À venda nas lojas Harmonia em S. Vicente e na Praia.


neulopes

Lus – um CD obrigatório


Depois de Nôs Raça e Segred, Nancy Vieira brinda-nos agora com Lus um trabalho que demonstra a evolução e a maturidade ganha por essa artista que se dá cada vez mais a conhecer em Cabo Verde e além-fronteiras. A humildade e simpatia natural de Nancy transmitem a imagem de uma cantora despida de pretensões e com um trabalho capaz de elevar cada vez mais a música e a cultura cabo-verdiana.
Lus foi lançado ainda este ano e já percorre o mundo, entre Portugal, Espanha, Cabo Verde e Angola através de concertos. O álbum já foi mais longe, tendo chegado até o Oriente – Japão. Jorge Cervantes assina a Direcção Musical do álbum e Nancy estreia-se como compositora com o tema “Vivê sabim”. Mais uma nota positiva do álbum é a aposta em compositores da nova geração, como Djim Djob, Jon Luz, Kalu Monteiro, Rolando Semedo, Tutin d’Giralda e Vadu.
A sonoridade de Lus, aliada à doce e inconfundível voz de Nancy Vieira, tornam deste um álbum de escuta obrigatória.
No entanto, se quer ouvir a música de Lus agora, vá ao sítio
www.mysapce.com/nancyvieira

18 outubro 2007

Dia Nacional da Cultura celebrada no Mindelo sob o signo do Centenário da Geração Claridade

Hoje, 18 de Outubro, é o Dia Nacional da Cultura, e as celebrações, na cidade do Mindelo, sob o signo do Centenário da Geração Claridade.

O programa é vasto e diverso, passando por exposições, teatro e música. A cerimónia de abertura tem lugar hoje às 18h00 no Centro Cultural do Mindelo, em que participarão dezenas de convidados nacionais e estrangeiros, e discursarão os representantes do ISE, da AEC, a Presidente da Câmara Municipal de S. Vicente, Isaura Gomes, e o Ministro da Cultura, Manuel Veiga.

Tal como já tínhamos anunciado, algumas exposições farão parte desse programa. Para ser mais preciso, quatro estarão abertas a partir de hoje. A de pintura de Tchalê Figueira, ficará patente até o dia 25, na Sala Júlio Resende (ver artigo anterior sobre este tema); uma amostra produtos artesanais organizada pelo Atelier-Mar, que se intitula “Porto Novo Rural, A Outra Face dos Flagelados do Leste”; outra de fotografias, baptizada de “Presença dos Claridosos no Artiletra”, enquanto que o Instituto Nacional da Biblioteca e do Livro organiza uma exposição-venda de livros e discos cabo-verdianos que estará aberta até Sábado, 20. À noite, os convivas assistem à peça teatral “A Caderneta”, peça baseada na obra inédita de Baltasar Lopes da Silva, pelo Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo - Instituto Camões e ainda um espectáculo de Capoeira, para o qual foi montado um enorme palco em plena Rua de Lisboa (A Capoeira vai saudar os Claridosos).

Na Sexta-feira, 19, às 9h00, dá-se início à O ponto alto das comemorações, a Conferência sobre a Claridade, iniciar-se-á no dia 19, Sexta-feira, com o painel dos fundadores (Baltasar Lopes da Silva, Jorge Barbosa e Manuel Lopes), em que intervirá Alberto Carvalho, Vera Duarte, João Lopes Filho, Ondina Ferreira, Fátima Fernandes, Manuel Brito Semedo e Leão Lopes. Às 19h00 do mesmo dia, segue-se a apresentação do livro “In Memoriam de João Lopes”, por Manuel Brito Semedo, e o lançamento da revista Latitudes, editada em França e consagrada a Baltasar Lopes, por Isabel Lobo. Às 21h00 será a vez da música, sob a forma da final do “Todo o Mundo Canta”, no Auditório da Escola Salesiana.

No Sábado, o painel sobre os Contemporâneos dos Claridosos (A. Aurélio Gonçalves, Félix Monteiro, Pedro Corsino Azevedo, Francisco Xavier da Cruz (B. Leza) e Sérgio Fruson), cujos oradores são Corsino Fortes, Mário Fonseca, José Maria Semedo, Isabel Lobo, Vladimir da Cruz, Arnaldo França e Jorge Miranda Alfama, darão seguimento aos trabalhos da conferência sobre Claridade.

Para fechar, ouvir-se-ão as mensagens do representante dos conferencistas, do presidente do IESIG, do Ministro da Cultura, da Ministra da Educação e o discurso de encerramento do Primeiro-ministro, José Maria Neves. O encerramento destas celebrações do Dia Nacional da Cultura no Mindelo será feito com uma noite de gala, na Academia Jotamont, com a sobejamente conhecida Titina Rodrigues, a cantar B. Leza. No Domingo, 21, os conferencistas e convidados visitam Santo Antão, ilha onde farão um percurso turístico-cultural a que se designou “Trilho dos Flagelados”.