Existem três componentes para um musical: a música, interpretação teatral e o enredo. O enredo de um musical refere-se a parte falada (não cantada) da peça; entretanto, o “enredo” pode também se referir a parte dramática do espectáculo. Interpretação teatral relaciona as performances de dança, encenação e canto. A música e a letra juntas formam o escopo do musical; as letras e o enredo são frequentemente impressos como um libreto.
O teatro musical no mundo tem sinónimos como Teatro de Revista (Portugal e Brasil), Comédie musicale (França).
É muito comum ao teatro musical que os trabalhos que tenham sucesso sejam usados no cinema ou adaptados para a televisão. Por outro lado alguns programas populares de televisão têm um ou outro episódio ao estilo de um musical como uma peça dentro de seu formato normal.
Mesmo que o teatro musical esteja espalhado pelo mundo todo, suas produções são elaboradas muito frequentemente na Broadway em New York, no West End em Londres, e na França.
Um musical pode ter a duração de poucos minutos ou varias horas; entretanto, os mais populares musicais duram de duas a duas horas e quarenta e cinco minutos. Musicais hoje são normalmente apresentados com intervalos de quinze minutos de duranção; no primeiro acto, é quase sempre de idêntica duração ao segundo. Um musical tem normalmente por volta de vinte a trinta canções de vários tamanhos (incluindo uma reprise e adpatação para coral) entre as cenas com diálogos. Alguns musicais, entretanto, têm canções entrelaçadas e não têm diálogos falados. Esta é a linha fronteiriça entre musicais e ópera.
Um momento de grande emoção dramática é frequentemente encenado numa canção. Proverbialmente, “quando a emoção torna-se tão forte no discurso, canta-se; quando ela se torna tão forte na canção, dança-se. Uma canção deve ser adaptada ao personagem (ou personagens) e na sua situação dentro do enredo. Um espectáculo normalmente abre-se com uma canção que dá o tom ao musical, introduz de alguma forma os personagens principais, e mostra o enfoque da peça. Dentro da concentrada natureza do musical, os autores devem desenvolver os personagens e o planeamento.
A música apresenta uma forma excelente de expressar a emoção. Entretanto, em média, poucas palavras são cantadas nestes cinco minutos de canção. Portanto existe pouco tempo para desenvolver o drama que transcorre durante a peça, desde que um musical pode ter uma hora e meia ou mais de música.
A equipa de colaboradores de um Musical
O teatro Musical é um trabalho de colaboração com uma longa tradição histórica tanto nos tratados como na estrutura, embora novos autores dos musicais tentem flexibilizar esta forma de expressão tentando coisas novas, ou explorando situações que não foram exploradas ainda. Os Musicais são costumeiramente reconhecidos como uma combinação de letras, canções e diálogo falado.
Os autores
Existem normalmente vários autores em um musical. São poucos os musicais que foram escritos por apenas uma pessoa. Uma parceria de colaboradores compositores (música), letristas (lírica) e escritores (texto/dramaturgia) são dirigidos, por um compositor/letrista, um letrista/escritor (também conhecidos como letristas) ou, por fim, por um escritor/compositor. Podem haver muitos escritores, letristas e compositores num musical.
Não existe uma resposta fácil para a constante dúvida sobre o teatro musical: “O que vem primeiro, a letra ou música?” Cada colaborador trabalha de uma forma diferente, e tende a ser único em sua forma de trabalhar. Às vezes uma melodia inspira uma letra. Às vezes uma letra inspira uma melodia. Entretanto, a maior inspiração para todos os autores é movida pelo tema da estória principal apresentada no espectáculo.
A ideia inicial para um novo musical pode vir dos próprios autores, ou eles podem ter sido contratados para escreverem um musical sobre um assunto específico. O teatro musical tem uma longa tradição de adaptar livros e outros materiais para este género. No caso de Neu Lopes acontecem as duas coisas: o primeiro musical “Um Vez Soncente Era Sábe” veio de uma ideia do próprio autor, enquanto que agora adapta um conto de um livro de contos tradicionais.
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