Os pescadores da vila de Ponta do Sol, Santo Antão, são homenageados pelo grupo teatral Juventude em Marcha na sua mais recente peça «Jazigos de Boca de Pistola». É uma tragicomédia que, em suma, retrata o jeito único como o santantonense e o cabo-verdiano em geral tentam enfrentar os seus problemas.
De acordo com Jorge Martins, «Jazigos de Boca de Pistola» leva ao palco «a vida de dificuldades e desafios dos pescadores de Ponta do Sol. A certeza da partida para a faina, a incerteza do regresso devido ao mar revolto de Boca de Pistola, sobretudo no Inverno, os parcos meios».
Em palco estão, durante cerca de duas horas, 16 actores, inclusive crianças que, segundo Martins, «prestam homenagem a esses corajosos homens do mar que, mesmo diante da natureza adversa, saem em busca do sustento para a família». Um trabalho que exigiu ao Juventude em Marcha meses de pesquisa para cumprir uma antiga promessa.
«Quando mais novo, prometi a mim mesmo que um dia homenagearia os pescadores de Ponta do Sol. Por isso, assim que surgiu a oportunidade, junto com outros elementos do Juventude em Marcha, pesquisei a história dos pescadores de Ponta do Sol, falei com eles e recorri também à minha vivência nessa região de Santo Antão», conta Jorge Martins.
O resultado pode ser visto em três espectáculos em S. Vicente, nos dias 27, 28 e 29 de Dezembro, às 21:30 horas, no Centro Cultural do Mindelo, depois de, no transacto mês de Novembro, o público de Espargos (Sal) e Porto Novo (Santo Antão) o terem visto e aprovado.
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