Olá, sou o Guy Monteiro, um estreante pelas andanças deste mundo transparente e fantástico do teatro e da arte em geral.
Em primeiro lugar, não quero deixar de agradecer a essas pessoas que sempre me mostraram o caminho e me apoiaram nesta estrada que espero percorrer o mais que puder, a fim de dar minha contribuição para a nossa cultura. Quero dedicar este trabalho, em primeiro lugar, para toda a minha família e meus grandes amigos, passando por João Branco, Bety Gonçalves, Neu Lopes, Sílvia Lima, etc. Sem vossa disponibilidade, atenção e confiança, hoje não teria um dos meus sonhos realizados –subir um dia no palco do CCM. Agradeço ainda a todos os que, de uma forma ou de outra, apoiaram, o público que sempre deu uma resposta positiva, e que fizeram com que eu continuasse. Espero continuar a agradar-vos.
Sarron.com, um outro sonho realizado. Nunca esperava vir a ser elemento de um grupo de tanto peso e respeito. Um obrigado atodos os actores da companhia que me apoiaram sempre. Por isso, parabéns à cultura, parabéns ao teatro, parabéns a todos.
MEU GRITO
Alguma vez já pararam para pensar como está a nossa identidade cultural, onde vamos, o que vai acontecer? Não? Pois vou aqui dar a minha opinião sincera.
Para mim o que está a acontecer nunca poderia acontecer com a cultura de um país. Somos um conjunto de ilhas voltadas para a cultura, para o turismo, e é isso que nos serve de cartão postal lá fora. É por isso que temos que eliminar esse erro que vem acontecendo a cada dia no nosso país, não criar mais, poças. Vou exemplificar – porque é que um recluso da cadeia civil ou outro cidadão qualquer inventa um estilo de chinelo e depois aparece um chinês ou um cidadão da costa de África que o compra e, poucos dias depois cópias desse modelo aparecem à venda em suas lojas ou local de venda, sem autorização do seu criador? O pior é que, muitas vezes, nem o nome do nosso país sabem escrever correctamente. Meu Deus, e quando um turista compra um par de chinelos escrito “Capo Verde” ou com uma bandeira com sete estrelas? Minha gente, um’ ca crê esforçá pulmão, mas como poderemos ser reconhecidos pelo mundo com produtos falsos? O turista pensa estar a levar produtos genuínos de Cabo Verde, mas acaba por levar produtos chineses ou de algum sítio da África. Não sou contra o negócio deles, mas violar a nossa cultura assim ca ta dá! Senhores dirigentes, Ministros, ajudem-nos a começar a pensar nisso, porque em São Vicente não há uma estátua do nosso líder imortal, Amílcar Cabral, do Renato Cardoso, de Nhô Roque. Isso está mal e toda a gente anda de olhos fechados. Cinema, Je t’aime, Centro de Artesanato, já era! Devo chorar? Dou este grito a todos que quiserem aceitá-lo, esperando que me compreendam. No nosso país todos são aceites, mas nô ca ta bem tchás tchegá e pensá qu’ês ta bem salgá nôs catchupa. Nossa cultura é bonita e resistente, embora flexível, mas tenho pensamento positivo e espero que tudo termine bem, a bem da próxima geração.
Continuo por aqui, e falarei mais se necessário.
Obrigado!
Guy Monteiro
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